Friday, June 23, 2006

Orvalho

Estou a procura de inspiração poética, estou nu. É importante está nu, agora, para escrever. Sinto a gravidade, o vento, o peso do meu corpo, o frio.

Voluptuosa Flor
A rosa do meu jardim
Não é a rosa do meu jardim!
Seria a minha rosa do jardim?
OU, a minha rosa do meu jardim?
Não seria, não!
A rosa fora antes tocada pela terra
Acariciada pelo vento
Molhada pela chuva
Aquecida pelo sol
Beijada pelo pássaro flor
Cheirada pela criança
Admirada pelos namorados
A rosa não é minha
E nem a si própria ela se pertence
Não fui o seu jardineiro de outrora
E o meu jardim?
Não é mais do que os meus pensamentos
O seu jardineiro até então foi a natureza
Ou quem preferir a vida,
Aquela que nada trazemos e nada levamos
Nada deseja, mas é por tantos desejada
Foi nesta nimíade de plenitude
Que afiou os seus espinhos
Coloriu as suas pétalas
Fortaleceu a seiva
Aprofundou as raízes
Hoje eu sou o seu oirartnoc oa orienidraj
Do seu corpo eu bebo o orvalho
Sacio a minha sede
Encharco a minha alma
Nas suas raízes eu me sustento
Nas pétalas eu me perfumo
E amiúde nos seus espinhos eu me furo
No meu jardim eu guardo esta flor
E a preservo para que eu possa ser preservado
Voluptuosa Flor,
Secreta para mim sua seiva
Secreta para mim o seu jardim
Secreta para mim sua vida
Para que da ponta da minha língua
Eu guarde os seus segredos.
(victor)

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